(Ozeias Alves)
Um Bach,
um back,
um beijo teu
e todo o resto se tornaria resto,
e toda a poesia seria você;
nossas mentiras,
nossas almas condenadas
por nenhum deus além da língua
se amariam, dissipando-se diante do mundo
e perante nossos olhos cegos,
que só veem o que se quebra.
Eternidade não se faz por um infinito de tempo,
se faz pelos olhos que fotografam o instante
que a alma revela e carrega consigo,
das notas da melodia que fogem dos lábios
e que se perdem em nós,
dos rios que nascem dos beijos
e que se transformam em mar.
Um Bach,
Um back,
um beijo teu
e seria então a vida.
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