domingo, 1 de janeiro de 2012

Soneto dela (ou soneto do perdão que não tive)


(Paulinho Dhi Andrade)

Sentiu esperança quando me conheceu.
Cheirou flores, perfumou as roupas,
Deu bom dia ao sol,
Bebeu água e comeu.

Já na primeira briga trancou-se em casa,
Negou-se aos amigos,
Jejuou e não bebeu.
Noites em claro nem dormiu.

O homem que tanto em mim via e desejava
Já não existia nem por prece,
E você chorou.

Nem mesmo outros pedidos de perdão
Serviram como chaves para abrir
Onde hoje seu coração magoado habita.

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