No dia da minha morte
Não me sufoquem de terra
E nem me ardam em chamas
Não quero o vento me adejar partículas
e nem o pó me importunando os olhos
No dia da minha morte
Me deixem lá, quieto, sereno,
olhos fechados, exauridos em silêncios
Insensíveis aos bocejos de condolências
Cegados às lágrimas de momento
No dia da minha morte,
Livrem-me das faixas e das coroas
Removam as flores que me ladeiam
pois tanto as feias como as mais belas
exalam um cheiro doce que me incomoda
No dia da minha morte
um único e desmedido favor:
Com minhas angústias revistam o caixão,
pois sobreviventes do que não resisti, eu sei:
Elas sim jamais me deixaram só
Não me sufoquem de terra
E nem me ardam em chamas
Não quero o vento me adejar partículas
e nem o pó me importunando os olhos
No dia da minha morte
Me deixem lá, quieto, sereno,
olhos fechados, exauridos em silêncios
Insensíveis aos bocejos de condolências
Cegados às lágrimas de momento
No dia da minha morte,
Livrem-me das faixas e das coroas
Removam as flores que me ladeiam
pois tanto as feias como as mais belas
exalam um cheiro doce que me incomoda
No dia da minha morte
um único e desmedido favor:
Com minhas angústias revistam o caixão,
pois sobreviventes do que não resisti, eu sei:
Elas sim jamais me deixaram só
ótimo seu texto e realmente, estando bem ou nao, quem nunca nos abandona é a angustia, Nem a felicidade é fiel, até ela mesma escapa e foge de medo da angustia... e ficamos novamente frente a frente com ela. Adorei seu texto. Seguindo ...
ResponderExcluirBoa semana...
http://aintimidade-oprimida.blogspot.com/
http://afiinidades.blogspot.com/
belo escrito...beijos! (trem lindo)
ResponderExcluir